19 de agosto de 2011

4 vezes amor



Amor é vento: 
brisa gostosa num dia de verão
e no inverno, tufão

É ímpeto planejado, 
coração trancado 
e escancarado, 
tentativa falida 
e por vezes esquecida

Bate suave, 
rasga a pele de leve, 
mete a mão no sentimento, 
se enche
e nos enche
de incertezas, exclamações,
bate-bocas e travessões






Amor é figura de linguagem
das mais complicadas
Mente e desmente,
engana e desengana,
diz e não fala,
ama e desama:
amor é antítese, 
paradoxo, 
passado e presente, 
tudo que nega e afirma,
tudo que se firma e desmonta,
todos os ventos do mundo de uma vez só

O amor me derruba feito furacão faz com casa, 
árvore, prédio, coisa fixa qualquer
Rouba minha estabilidade
pra poder aparecer de novo no dia que quiser,
assim, 
feito hoje. 

11 de agosto de 2011

Como se desse para gravar um sonho

         Vontade de rede, céu, mar, música pra alma. Um vento calmo, soprando bem de leve os teus cabelos curtos. Um passarinho assobiando amor ao nosso redor. Quatro olhos olhando para o mesmo horizonte e duas vozes dizendo de uma só vez:
      -  É meu.
     
       Ontem enrolei meus cabelos até pegar no sono.
       Às vezes acordo querendo ser tua e te querendo inteiro.