19 de agosto de 2011

4 vezes amor



Amor é vento: 
brisa gostosa num dia de verão
e no inverno, tufão

É ímpeto planejado, 
coração trancado 
e escancarado, 
tentativa falida 
e por vezes esquecida

Bate suave, 
rasga a pele de leve, 
mete a mão no sentimento, 
se enche
e nos enche
de incertezas, exclamações,
bate-bocas e travessões






Amor é figura de linguagem
das mais complicadas
Mente e desmente,
engana e desengana,
diz e não fala,
ama e desama:
amor é antítese, 
paradoxo, 
passado e presente, 
tudo que nega e afirma,
tudo que se firma e desmonta,
todos os ventos do mundo de uma vez só

O amor me derruba feito furacão faz com casa, 
árvore, prédio, coisa fixa qualquer
Rouba minha estabilidade
pra poder aparecer de novo no dia que quiser,
assim, 
feito hoje. 

5 comentários:

  1. '' Amor é figura de linguagem
    das mais complicadas
    Mente e desmente,
    engana e desengana,
    diz e não fala,
    ama e desama:
    amor é antítese,
    paradoxo,
    passado e presente,
    tudo que nega e afirma,
    tudo que se firma e desmonta,
    todos os ventos do mundo de uma vez só''

    Teu poema é lindo lindo lindo.
    Gosto tanto de ler as coisas que voce escreve. Muito mesmo.

    ResponderExcluir
  2. o, que coisa linda! obrigada, viu? :))

    ResponderExcluir
  3. muito lindo, po! até a forma ta suave e tal :D

    ResponderExcluir
  4. Muito bom. Gosto da passar por aqui. Sempre me surpreendo!

    ResponderExcluir
  5. Exatamente assim. Pesada, sufocada. Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções.

    Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros ... quero parar de me doar e começar a receber.

    Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre virgulas, aspas, reticências... eu vou gostando... eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou... e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos... e vou... dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar.

    (Caio Fernando Abreu)

    ResponderExcluir